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Sigmund Freud

Sigmund Freud
Mateus Guimarães Borges

Quando se aspira nomear os grandes pensadores que moldaram a história do ocidente, Sigmund Freud certamente figura entre eles. Se consolidou como um dos nomes mais influentes do século XX e é o mais referenciado quando o assunto é o estudo da mente humana. Mas não foi só nas incursões na psique que sua contribuição se fez presente. Neurologia, medicina, filosofia, literatura e cultura são alguns dos temas aos quais se dedicou ao longo de décadas de incansável produção de pensamento crítico, reunido em inúmeras correspondências, artigos e livros.

A biografia de Sigmund Freud

Foi no então Império Austríaco que Sigmund Freud veio ao mundo, em 06 de maio de 1856, na cidade de Freiberg (atualmente Pribor, na República Tcheca). Primogênito de oito filhos de Amalia e Jacob Freud, um comerciante de lãs, recebeu uma educação judaica não tradicionalista e aberta à filosofia do Iluminismo. Ainda era criança quando sua família mudou-se para Viena.

A trajetória profissional de Freud tem início com seus estudos no campo da medicina . Teve em sua paixão pela biologia darwiniana grande influência, que pode ser identificada em toda sua obra. Entre bolsas de estudo, serviço militar e traduções, ficou noivo de Martha Bernays, com quem teria seis filhos e dividiria o mesmo apartamento por mais de 40 anos, até seu exílio em 1938.

É a partir de suas viagens a Paris, acompanhando de perto o trabalho de Jean Martin Charcot sobre a histeria, que Freud vai dando forma a construção de diversos conceitos destinados a decifrar a constituição do psiquismo humano. Em coautoria com Breuer, lançou seu primeiro grande livro "Estudos sobre a Histeria" (1893-1895) , . Seguiram-se décadas de uma extensa produção, reunidas oficialmente em 24 livros e traduzidos em mais de 30 línguas.

Sigmund Freud and Oscar Nemon, 1931
Sigmund Freud and Oscar Nemon, 1931 (Freud Museum London)


Para ler e conhecer: as principais obras de Freud

Freud foi um autor de vasta produção, em um recorte de mais de 40 anos. Para leitores de primeira viagem, parece uma tarefa árdua selecionar por onde começar.

Muitas das ideias e conceitos trabalhados por Freud atravessaram reformulações ao longo de sua obra, o que pode dificultar uma apreensão ampla pautada por um ou outro livro específico.

Desta forma, para quem se debruça a fim de estudo ou curiosidade, faz-se de grande ajuda cursos que reúnem o pensamento freudiano. É característico de sua escrita, no entanto, a didática. Freud não escrevia só para profissionais da Psicanálise, mas para quem desejasse aprofundar, para conhecimento ou prática, suas formulações sobre o sujeito e a cultura.

Selecionamos aqui obras imprescindíveis para conhecer o autor e sua teoria:

  • A Interpretação dos Sonhos (1900)

    Não se assuste com suas mais de 700 páginas! Freud esmiúça nelas desde um verdadeiro dossiê sobre o que já havia sido escrito sobre a temática, até as técnicas de interpretação dos sonhos de seu conteúdo. Antes de se tornar célebre, teve uma tímida recepção, mas entrou para a história como o marco inicial da Psicanálise . É aqui que postula a existência do Inconsciente.

  • Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1905)

    Freud amplia e reformula o que se entendia, no senso comum, por sexualidade - experiências e prazer vinculadas ao órgão genital. Fala-se aqui de uma sexualidade infantil. Já ouviu as expressões “fase oral” e “fase anal” ? É neste livro que elas se encontram, como fases do desenvolvimento psicossexual, em que diferentes atividades infantis, como a sucção, alimentação, brincadeiras com o corpo e as fezes, são tidas como fontes de prazer.

  • Introdução ao Narcisismo (1914)

    “Um forte egoísmo protege contra o adoecimento, mas afinal é preciso começar a amar, para não adoecer, e é inevitável adoecer, quando, devido à frustração, não se pode amar.”. O livro marca importante fase de elaboração teórica de conceitos fundamentais da Psicanálise.

  • Além do Princípio do Prazer (1920)

    O texto é um dos mais importantes de Freud, sendo um divisor de águas na teoria psicanalítica. Até então, o autor postulava o psiquismo regido por um modelo de princípio do prazer / desprazer. A partir daqui, surge a ideia de pulsão de morte (Thanatos), com seus representantes de ódio e autodestrutividade, em conflito com a pulsão de vida (Eros), voltada para a preservação da vida - individual e socialmente.

  • O Ego e o Id (1923)

    Também nomeado “O Eu e o Isso”, a depender da tradução, o livro também marca uma virada no pensamento freudiano. O aparelho psíquico, até aqui, comportava três instâncias: Consciente, Pré-consciente e Inconsciente. Freud, então, percebendo a insuficiência desta teoria, a reformula, apresentando as instâncias Ego/Eu, Id/Isso e Superego/Supereu . Elas serão melhor esclarecidas a seguir.

  • O Mal-estar na Civilização (1930)

    A obra freudiana é marcada por ricos textos culturais. Aqui, o objeto de estudo é a causa do sofrimento humano, apontando a dimensão insatisfatória das relações humanas . Por esta via, seria papel da cultura, através de suas instituições como estado e família, remediar o sofrimento. Logo se percebe ser ela uma nova fonte de sofrimento, uma vez que impõe limites ao prazer.

Os conceitos essenciais do vocabulário freudiano

Muitas foram as observações, princípios e formulações que ganharam status de conceito na psicanálise freudiana. No decorrer de sua obra, Freud vai dando corpo e definição a eles à medida que suas construções teóricas se desenvolvem e se complexificam.

Por psicanálise , podemos entender como um método de investigação e tratamento pautado, essencialmente, na ideia da existência de um Inconsciente , presente nas ações, palavras e desejos do sujeito. Enquanto técnica, diz-se analista aquele que pratica o método clínico da psicanálise e, analisando, o paciente que faz análise .

Entre os conceitos essenciais formulados por Freud, estão o Inconsciente , o Narcisismo e o Complexo de Édipo , que serão abordados nos capítulos seguintes do texto. Nos ateremos aqui a alguns outros.

Freud postulou dois princípios fundamentais que regem o psiquismo: o princípio do prazer e o princípio da realidade . O primeiro, como sugere o nome, busca satisfação, demandando que seus impulsos sejam atendidos. O segundo vem para o confrontar, impondo restrições necessárias pautadas na realidade possível.

A partir dessa compreensão, seguimos para os conceitos de Id, Ego e Superego . Totalmente inconsciente, o Id demanda gratificação imediata de seus desejos e necessidades, movido pelo princípio do prazer. Um bebê, por exemplo, é puro Id . Surge, então, o Ego, na posição de mediador, dialogando com a realidade para frear ou negociar as exigências do Id.

Diante de afetos desagradáveis, aciona uma série de mecanismos de defesa. Mais tarde, como herdeiro do Complexo de Édipo, forma-se o Superego , que age como um juiz ou vigilante com relação à consciência moral, a uma ideia de certo e errado que, embora tenha importante papel social, pode se enrijecer contra o sujeito, inibindo-o duramente.

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O que significa a Pulsão?

Um conceito fundamental que perpassa toda a obra freudiana é a Pulsão . Algumas traduções a colocam como Instinto, mas vale ressaltar aqui sua diferenciação daquela tendência biológica identificada em comportamentos animais. A pulsão é como que uma energia cuja fonte está no corpo.

O aumento do estado de tensão corporal exerce uma pressão constante no psiquismo, buscando por satisfação. A teoria das pulsões é ampla e complexa, mas um dos destinos mais interessantes que Freud dá para ela está no conceito de Sublimação . Diante da impossibilidade de satisfação direta de algumas pulsões, como a sexual, elas são direcionadas (sublimadas) para atividades socialmente aceitas, comumente em trabalhos artísticos e intelectuais.

No campo da prática clínica, Freud postulou a regra fundamental da Psicanálise: a associação livre . O método consiste em levar o paciente a falar livremente tudo o que lhe vier à cabeça, sem censura. Outro conceito essencial para o trabalho analítico é o da Transferência , uma relação afetiva (positiva ou negativa) do paciente para com o analista. Ao se tratar de uma atualização de desejos inconscientes e repetição de um modelo infantil do sujeito, o manejo adequado por parte do analista se mostra imprescindível para o tratamento.

A Interpretação dos Sonhos, o Inconsciente e eis a Psicanálise

Foi com a publicação do livro “A Interpretação dos Sonhos” , em 1900, que a Psicanálise encontrou o que é apontado como seu marco inicial . Na obra, Freud se debruça em sobre como se dá o processo de formação do sonho, seu método de interpretação e função. Em suma, afirma a ideia do sonho como a realização de desejos reprimidos da infância. E é no histórico capítulo VII que se dedica a apresentar sua formulação teórica do funcionamento do aparelho psíquico, em que efetivamente aponta a existência do que nomeou o Inconsciente , conceito pilar da obra freudiana e fundamento da Psicanálise .

Popularmente, a ideia de inconsciente se vê associada a todo processo mental que ocorre fora de um pensamento a que temos acesso consciente. Como a parte submersa de um Iceberg. A analogia, no entanto, embora muito se aproxime das primeiras formulações de Freud, é insuficiente para abarcar a dimensão que ganha ao longo de sua obra. Há também uma parte inconsciente naquilo que chamamos de Ego/Eu.

“O Eu não é senhor em sua própria casa”

Com esta célebre frase, Freud nos dá indícios de muito do que a Psicanálise se propôs: mostrar que há em todos nós uma dimensão aquém de nosso controle e conhecimento. Algo age em nós, que nos coloca em movimento, e que em muito se distancia do cogito cartesiano: “penso, logo existo”. Jacques Lacan, mais tarde, a reformularia de forma muito esclarecedora: “penso onde não existo e existo onde não penso”.

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O que é o narcisismo para Freud?

Mas, afinal, como a psicanálise freudiana entende o narcisismo? No senso comum, vemos um inflacionamento do termo, comumente apontado de forma pejorativa para se referir a um indivíduo excessivamente apegado a si mesmo. Para formular seu conceito, Freud se vale do mito grego de Narciso , que se vê apaixonado pela própria imagem refletida nas águas de um rio.

O narcisismo é, no entanto, um processo natural e necessário de nosso desenvolvimento , que se dá na primeira infância. O bebê, ainda que totalmente dependente para sobreviver, é todo voltado para si, sem identificar a existência de um outro, de um mundo externo. É pela via do amor e cuidado que recebe (ou que falta) da figura materna, com seu próprio narcisismo, que vai se dando a formação de um primeiro Eu.

Atravessada por uma sequência de fases, a criança segue trilhando um entendimento de si, do que acredita ser ou que deveria ser para manter o amor parental. Esse investimento da criança em si própria é, e precisa ser, rompido para que possa investir e desejar objetos externos.

Os efeitos desse desenvolvimento primordial em nossa constituição psíquica , somado a outros tantos conceituados por Freud, se farão notados vida afora, não como regra inflexível, mas como inclinação. Por exemplo, na relação do sujeito com sua própria imagem, sua autoestima e a intensidade de investimento nos objetos que estão fora de si.

Somos, portanto, todos narcísicos. Cada um única e individualmente constituídos.

As 3 grandes feridas narcísicas para Freud

Freud nos apontou três grandes acontecimentos que abalaram a imagem que a humanidade fazia de si própria, ferindo o narcisismo do homem em sua crença de onipotência. Foi no texto “Uma dificuldade no caminho da psicanálise” (1917) em que os descreveu.

  1. A primeira grande ferida é atribuída ao astrônomo Nicolau Copérnico, quando afirma que a terra e, portanto, o homem, não é o centro do universo. Tão pouco é o sol que gira em torno de nós. Estamos falando do século XVI. É possível imaginar o impacto de uma descoberta como essa.
  2. Na sequência, Charles Darwin desfere outro golpe, com sua teoria da evolução. Diferentemente da ideia do homem criado à imagem e semelhança de Deus, ele seria, na verdade, resultado de um longo processo de evolução das espécies.
  3. Freud chega então a seu terceiro postulado: é ele quem provoca a terceira ferida, com sua teoria psicanalítica. Ao dizer que a consciência é apenas uma pequena parte de nós , o homem se vê diante da constatação de que não tem pleno entendimento e sequer controle de si próprio e das motivações que o leva a muitos de seus comportamentos e desejos. Lembra daquela frase acima?

O que é o "Complexo de Édipo"?

Dentre as teorias freudianas, o complexo de Édipo segue sendo uma das mais populares. Ele também a formulou a partir de referência grega, da tragédia Édipo Rei, de Sófocles . Na história, havia uma profecia de que Édipo mataria seu pai e se casaria com sua mãe. Temendo concretizá-la, parte de seu reino. Em suas andanças, no entanto, acaba se envolvendo em uma briga e termina por matar, sem saber, seu pai. Na sequência, ao solucionar o enigma da esfinge, é nomeado Rei, e se casa, também sem saber, com sua mãe. Vale lembrar aqui que Édipo não fora criado pelos pais biológicos. Freud se vale da tragédia a partir de seu aspecto de destino, ao qual, ainda que se tente, não se pode evitar.

O complexo de Édipo , desenvolvido por Freud, se dá pelo conjunto de desejos amorosos e hostis - amor e ódio - vividos pela criança em relação aos pais. Ocorre entre os três e cinco anos de idade , período em que a criança descobre a diferença sexual em relação ao outro. É nessa fase que identificações com um ou outro genitor se fortalecem e são atravessadas por fantasias, desejos e proibições.

Ao fim dessa travessia, que ocorre não sem grandes percalços, a criança se verá identificada mais com um dos genitores e irá incorporar muito do entendimento que a acompanhará na vida, introjetando regras morais e sociais . É essencialmente uma relação que nos ensina a perder.

O papel desempenhado pelo complexo é de suma importância na estruturação da personalidade e orientação do desejo humano , possibilitando a construção de uma maturidade psíquica que orientará o sujeito em sua relação com a vida, na dimensão de si e do outro.

Para Freud, o mito de Édipo é base não apenas do sujeito, mas da cultura. As construções e ordenamentos sociais que se seguem vão pavimentando as regras que antes, na triangulação familiar, a criança se viu precisando assimilar.

Sigmund Freud e o contexto da Segunda Guerra Mundial

Freud foi um exímio pensador da cultura , dos complexos entrelaçamentos que articulam sujeito e sociedade . Fez incursões no passado da humanidade e se debruçou nas problemáticas do contexto em que estava inserido.

“O homem é o lobo do homem”, consagrou Thomas Hobbes. Freud o reitera: ao passo que o homem não pode viver plenamente feliz em sociedade, não consegue sobreviver sem ela. É objeto de estudo da obra a agressividade e hostilidade dos homens uns com os outros, identificada na história e que viria a ser reafirmada na sequência de sua publicação com a ascensão do nazismo.

A agressividade é aqui apontada como inerente à natureza humana, sendo também fonte de prazer. Coloca-se, então, a questão: As sociedades civilizadas serão capazes de domar a pulsão destrutiva que as leva à ruína?

As correspondências de Freud com Einstein

O mundo ainda sofria as consequências da Primeira Guerra Mundial, com agravamento das tensões sociais, economias em declínio e a crescente do totalitarismo. Foi diante deste cenário que Albert Einstein foi convidado a debater publicamente com um interlocutor de sua escolha. O escolhido: Freud. O tema: guerra e paz . “Existe alguma maneira de libertar a humanidade da ameaça de guerra?", escreve Einstein. A troca de correspondências, publicada sob o título “Por que a Guerra?” , expõe a posição nada animadora de Freud:

“Vigora no homem uma necessidade de odiar e aniquilar. Tal predisposição, em tempos normais, apresenta-se em estado latente e só vem à tona no anormal. Mas ela pode ser despertada com relativa facilidade e se intensificar em psicose de massa”.

No entanto, Freud acreditava que somente a civilização, e tudo o que ela impõe enquanto limites a pulsões destrutivas e renúncias ao prazer, é capaz de dar as condições de escaparmos a barbárie, ainda que seja desejada pela própria humanidade.

O nazismo e o exílio de Freud

Com a chegada de Hitler ao poder e iminência da Segunda Guerra Mundial, o movimento psicanalítico sofreu dura perseguição. Livros de seu fundador chegaram a ser queimados publicamente. “Por que a guerra?” estava entre eles. Em 1938, na então invasão da Áustria, Freud foi autorizado a deixar Viena com sua família, graças a negociações financiadas pela princesa e psicanalista Marie Bonaparte.

Foi em Londres que encontrou abrigo para seus dias finais, vindo a falecer pouco mais de um ano depois. Já em estágio avançado de um câncer na garganta, Freud pediu a seu médico uma aplicação derradeira de morfina. Como escreveu o biógrafo Stefan Zweig, “foi a sublime conclusão de uma vida sublime, uma morte memorável em meio à hecatombe daquela época mortífera”.

Os grandes pensamentos de Freud

Quem nunca ouviu, ou mesmo usou, a clássica expressão “Freud explica” ? Talvez sim, Freud esclareça muitas das questões que perpassam a existência humana e seu complexo universo psíquico. Mas mais que buscar respostas em sua obra, a imersão se faz fascinante quando nos leva a nos deparar com ainda mais perguntas.

"Qual a sua responsabilidade na desordem da qual você se queixa?"

Com esta provocação, Freud aponta para o que norteia o trabalho clínico da psicanálise (chamado ‘análise’): levar o sujeito a se implicar em sua própria forma de ser e estar no mundo. Voltemos à frase e façamos aqui um exercício bem freudiano. Destaco três palavras: queixa; responsabilidade; sua. A queixa, sobre si, algo ou outro, é o que tende a levar o sujeito a buscar mudança. Ainda que esteja em sofrimento, há o que o faz estar ou permanecer em certas posições diante da vida, frequentemente por motivações inconscientes. Há nisso também uma responsabilidade, e a teoria psicanalítica, vale apontar, a difere de culpa. E aqui chegamos na palavra ‘sua’, que individualiza todo esse processo de investigação. Há em todos nós algo que é só nosso e que nos diz respeito, ainda que desconheçamos

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Divã utilizado por Freud em seus atendimentos. (Freud Museum London)


O legado de Freud para a psicanálise

Foi no campo da psicanálise que Freud distribuiu as sementes de uma vida dedicada a compreender o sujeito, sua constituição, motivações e entrelaçamento social. Foi um exímio cultivador do pensamento. E as sementes germinaram. Foram cultivadas e replantadas a muitas mãos nesta seara da história da Psicanálise .

Se Freud é apontado como precursor, não caminhou sozinho. São perceptíveis as inúmeras referências históricas a que Freud lançou mão, de Darwin a Nietzsche , e o terreno que abriu para os que enveredaram novos passos. Investigou a histeria ao lado do fisiologista Josef Breuer. Trocou inúmeras correspondências, de sonhos a auto análises, com o médico Wilhelm Fliess. Cooperou e depois rompeu com Carl Jung. Teve discípulos íntimos, como Sándor Ferenczi. Os nomes se somam aos montes.

Seja concordando ou divergindo, as escolas psicanalíticas que se formaram bebem da fonte do pensamento freudiano. Jacques Lacan , com suas brilhantes reformulações, se dizia um grande freudiano. Melanie Klein se debruçou sobre o funcionamento psíquico inconsciente. Donald Winnicott evidenciou o desenvolvimento infantil. A trajetória destes e tantos outros pensadores da psique se entrelaça, no caminho de colocar a Psicanálise a serviço de não só compreender como atuar diante do sofrimento humano e da existência.

Freud é um homem de seu tempo, que o desafiou tantas vezes. Suas construções refletem a emergência de situar o homem enquanto sujeito, não mero indivíduo. No trânsito entre corpo, mente e cultura, fundou a Psicanálise e a desenvolveu enquanto teoria e técnica. Mais de 100 anos depois, aqui estamos nós. Suas ideias seguem fomentando debates e nos ajudando a encarar, com coragem, aqui ou deitados no divã, a nós mesmos.

Mais informações
Nascimento:
1856 - 1939
Escolas
Psicanálise (fundador)
Abordagem:
Freudiana (fundador)
Épocas:

Perguntas frequentes

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