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Melanie Klein

Melanie Klein
Gabriel Cravo Prado

Melanie Klein: vida, conceitos e legado da psicanálise

Melanie Klein foi uma das figuras mais influentes da psicanálise do século XX, especialmente no campo da psicanálise infantil. Neste artigo, vamos explorar sua trajetória de vida, os conceitos mais importantes que desenvolveu e o legado que deixou para a clínica e para a teoria psicanalítica. A seguir, você encontrará um panorama estruturado para guiar sua leitura:



Quem foi Melanie Klein?

Melanie Klein em 1944, fotografada por Bertl Sachsel
Melanie Klein em 1944, fotografada por Bertl Sachsel. Fonte: Melanie Klein Trust

Melanie Klein nasceu em 30 de março 1882 na cidade de Viena em uma família judia. Foi a quarta filha de um clínico geral e de uma mãe muito culta. O casal não a deseja muito.

Sua mãe possuía uma personalidade tirânica, possessiva e destruidora. Klein tinha o desejo de ser psiquiatra e por dificuldades financeiras de sua família precisou renunciar sua aspiração à medicina, tendo estudado arte e história na Universidade de Viena.

Em 1903, se casou com o engenheiro Arthur Klein, com quem teve três filhos: Melitta, Hans e Erich.

Em 1910 se muda para Budapeste e descobre a obra de Freud.

No ano de 1914, iniciou seu processo de análise com Sándor Ferenczi e participou das atividades da Sociedade Psicanalítica de Budapeste (SPB), onde se tornou membro posteriormente, em 1919.

Klein teve uma vida atravessada por muitos lutos. Aos 4 anos, perdeu a irmã Sidonie, que faleceu ainda criança. Aos 20, enfrentou a morte do irmão Emmanuel. Seu pai faleceu quando ela tinha 18 anos e, já aos 52, viu-se diante da dolorosa perda do filho Hans.

Seu artigo “Luto e suas Relações com os Estados Maníaco-Depressivos” , publicado em 1940, é uma contribuição vital para a compreensão dos processos de perda e luto. Fruto de anos de profunda reflexão e estudo, o trabalho se tornou uma referência essencial na psicanálise.

Um outro ponto de conflito em sua vida foi o relacionamento com Melitta, sua filha, que seguiu os passos da mãe e também se tornou psicanalista.

A relação de ambas foi marcada por grandes diferenças teóricas. Melitta criticou abertamente as teorias da mãe, colocando-as em campos teóricos rivais, o que intensificou ainda mais o mal-estar entre as duas até chegar ao ponto de uma separação teórica e também pessoal.

Klein assistiu Freud pela primeira vez no V Congresso da International Psychoanalytical Association (IPA) , tendo escutado o fundador da psicanálise ler o artigo “Os novos caminhos da terapêutica psicanalítica”. Esse fato fez com que ela se engajasse na psicanálise e, na sequência, filia-se à SPB.

Em julho de 1919, incentivada por Ferenczi, Klein apresentou seu primeiro estudo de caso na Sociedade Psicanalítica de Budapeste. Tratava-se da análise de seu filho Erich, então com cinco anos, a quem deu o nome fictício de Fritz para preservar sua identidade.

Conhecido como “O Caso Fritz”, esse trabalho tornou-se uma contribuição fundamental para a compreensão do desenvolvimento infantil na psicanálise.

Com a ascensão do anti-semitismo, Klein deixou a capital húngara em 1920 e partiu para o exílio.

Em 1921 se instalou em Berlim e, após um ano, se tornou membro da Deutsche Psychoanalytische Gesellschaft (DPG).



Melanie Klein e Anna Freud: diferenças e embates

Em 1924, Melanie Klein inicia sua segunda análise, agora com Karl Abraham.Nessa análise, começa a elaborar ideias para desenvolver suas próprias perspectivas sobre o desenvolvimento sexual.

No VIII Congresso da IPA, em Salzburgo, apresentou um artigo sobre a psicanálise de crianças, onde já questionava certos aspectos do complexo de édipo.

No mesmo ano foi a Viena, no Wiener Psychoanalytische Vereinigung (WPV), fazer uma apresentação sobre a psicanálise de crianças e ali se confrontou diretamente com Anna Freud.

Klein e Anna tinham compreensões distintas sobre as teorias do desenvolvimento infantil e das relações de objeto. O conflito se originou porque Anna defendia que a análise de crianças muito pequenas era impraticável, enquanto Klein trabalhou em formas para analisar crianças pequenas por meio de jogos e desenhos.

Para Anna Freud, o debate sobre a psicanálise infantil representava uma nova e aprimorada abordagem pedagógica, enquanto para Melanie Klein era uma oportunidade de explorar profundamente o funcionamento psíquico desde os primeiros momentos de vida .

Klein e Anna Freud também divergiam em relação à abordagem temporal proposta por Freud no conceito do complexo de Édipo.

Em 1929, iniciou o tratamento de uma criança de quatro anos, hipoteticamente autista, e que posteriormente viria a se tornar o famoso Caso Dick.

Em 1932 publicou sua primeira obra síntese, “A Psicanálise de Crianças”, onde iniciou o desenvolvimento de alguns dos seus importantes conceitos como o de posição esquizo-paranóide e posição depressiva.

Os anos 1941 a 1945 foram marcados pelo período das grandes controvérsias, onde o principal conflito girava em torno das diferenças teóricas entre os seguidores de Melanie Klein e os seguidores de Anna Freud.

Klein defendia que as crianças poderiam ser analisadas de forma semelhante aos adultos, interpretando diretamente suas fantasias e ansiedades. Em contrapartida, Anna Freud promovia uma abordagem mais gradual, ajustando as técnicas psicanalíticas às necessidades e capacidades específicas das crianças.

Em 1955, em Genebra, no congresso da IPA, Klein apresentou seu estudo sobre a inveja e a ingratidão , articulando o conceito de pulsão de morte . Isso gerou um novo conflito no qual Winnicott rompeu com ela.

Em 1957 publicou uma de suas obras mais famosas, “Inveja e Gratidão” .

Em 22 de setembro de 1960, Melanie Klein faleceu em Londres em decorrência de um câncer no cólon. Seu legado, imortalizado em suas contribuições inovadoras para a psicanálise, continua a influenciar e enriquecer o campo psicanalítico até os dias atuais.

Você sabia? O “Caso Dick” (1929) é um dos primeiros registros de análise de uma criança hipoteticamente autista



Linha do tempo da vida de Melanie Klein resumida:

  • 1882 – Nascimento em Viena
  • 1914 – Início de análise com Ferenczi
  • 1919 – Apresenta o “Caso Fritz”
  • 1921 – Instala-se em Berlim
  • 1924 – Análise com Karl Abraham
  • 1932 – Publica A Psicanálise de Crianças
  • 1940 – Artigo “Luto e Estados Maníaco-Depressivos”
  • 1957 – Publica Inveja e Gratidão
  • 1960 – Falecimento em Londres


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Em que contexto histórico viveu Melanie Klein

Melanie Klein viveu em uma época de grandes eventos históricos que moldaram tanto a sua vida pessoal quanto a sua carreira profissional. Ela testemunhou a Primeira e a Segunda Guerra Mundial , contextos que influenciaram profundamente seu trabalho na psicanálise.

Iniciando sua jornada psicanalítica durante a Primeira Guerra Mundial, Klein encontrou um campo em crescimento, especialmente no período entre guerras, quando a psicanálise começou a se expandir além de Viena para cidades como Berlim e Londres. Essa expansão global proporcionou a Klein novas oportunidades para desenvolver e compartilhar suas teorias.

Após o término da Segunda Guerra Mundial, Klein continuou a contribuir significativamente para a psicanálise, culminando na publicação de sua obra seminal“Inveja e Gratidão” , em 1957, um texto que solidificou seu legado e impactou profundamente o campo psicanalítico

Enfrentando os desafios de sua época, Melanie Klein marcou profundamente a psicanálise. Suas inovações, tanto teóricas quanto clínicas, ampliaram significativamente a compreensão da análise infantil e introduziram novas abordagens na teoria psicanalítica.

As contribuições de Klein, de longo alcance, continuam a influenciar e inspirar gerações de psicanalistas e acadêmicos em todo o mundo, assegurando-lhe um lugar de destaque na história da psicanálise.

Principais conceitos e contribuições de Melanie Klein à psicanálise infantil

Melanie Klein articulou e formulou conceitos que redefiniram a teoria e a prática psicanalítica com crianças. Entre as principais ideias de Klein podemos destacar:

  • Análise do Brincar
  • Relações Objetais Primárias
  • Teoria das Posições: Esquizo-Paranoide e Depressiva
  • Identificação Projetiva
  • Teoria da Inveja e Gratidão

Ela adaptou as técnicas freudianas para a condução do tratamento de crianças destacando o brincar como uma maneira do inconsciente da criança se manifestar.

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Análise do Brincar

Para Melanie, o brincar das crianças é semelhante aos sonhos e a associação livre (falar o que vier à cabeça livremente e de forma espontânea no setting analítico) dos adultos, conforme postulou Freud, sendo uma via de acesso ao inconsciente.

Ela sustentava que as atividades lúdicas infantis permitiam o psicanalista a interpretar os processos inconscientes das crianças.

Nas sessões, Melanie dava brinquedos e materiais que permitiam às crianças manifestarem suas fantasias e seus desejos inconscientes. Durante o brincar da criança, a posição do analista era de fazer a interpretações que conduziam as crianças a elaborarem seus conflitos.

Relações Objetais Primárias

Destacando a relevância das interações emocionais iniciais entre a criança e seus cuidadores, especialmente a mãe, essas relações objetais primárias são essenciais para o desenvolvimento psíquico. Elas desempenham um papel fundamental na formação do indivíduo.

A figura materna representa o objeto primário mais crucial na vida de um bebê. A mãe, especialmente através do seio materno, é o primeiro foco de amor e cuidado, sendo vital para a sobrevivência física e emocional do bebê.

Klein considerava a amamentação como mais do que uma simples função alimentícia; ela via essa experiência inicial como um momento essencial de interação entre mãe e filho, que estabelece a base e estrutura para todas as futuras relações objetais.

Posição Esquizo-Paranoide

Este é um conceito central na teoria psicanalítica de Melanie Klein, descrevendo um estágio inicial crucial no desenvolvimento infantil. A posição esquizo-paranoide ocorre nos primeiros meses de vida do bebê e é caracterizada por uma divisão do mundo em objetos bons e maus.

Por exemplo, o seio materno é percebido como totalmente bom quando satisfaz as necessidades do bebê e é completamente mau quando não o faz.

Durante essa fase, o bebê utiliza mecanismos de projeção e introjeção: projeta sentimentos agressivos e destrutivos nos objetos percebidos como maus e introjeta as qualidades positivas dos objetos bons.

A projeção permite que o bebê externalize suas ansiedades e agressões, enquanto a introjeção facilita a internalização de traços positivos, formando a estruturação do aparelho psíquico.

Esse estágio é fundamental para a compreensão das relações objetais iniciais.

Posição Depressiva

A posição depressiva é um estágio nas relações objetais que ocorre após a posição paranóide, começando por volta dos quatro meses de idade e se desenvolvendo ao longo do primeiro ano. Embora possa aparecer na infância e ressurgir na vida adulta, especialmente durante o luto e em estados depressivos, este estágio é crucial para o desenvolvimento emocional.

Nesta fase, a criança começa a perceber a mãe como um objeto completo, e a divisão entre "bom" e "mau" objeto se enfraquece, pois as pulsões de amor e hostilidade se dirigem ao mesmo objeto.

A angústia depressiva surge do medo de destruir e perder a mãe devido aos próprios impulsos agressivos da criança. Para lidar com essa angústia, a criança utiliza várias defesas, como a reparação e a inibição da agressividade.

A superação dessa fase ocorre quando a imagem da mãe é internalizada de maneira estável e tranquilizadora.

Identificação Projetiva

A identificação projetiva é uma forma específica de projeção e identificação, onde uma pessoa projeta partes de si mesma em outra pessoa com a intenção de controlar ou prejudicar.

Esse conceito foi introduzido por Melanie Klein em sua comunicação intitulada "Notas sobre alguns mecanismos esquizóides". Klein associou esse mecanismo ao sadismo infantil, explicando que a criança não deseja apenas destruir a mãe, mas também tomar posse dela, caracterizando uma relação objetal agressiva.

Teoria da Inveja e Gratidão

A inveja, conforme descrita por Melanie Klein, é um sentimento primário e inconsciente de cobiça direcionado a um objeto que se deseja destruir ou prejudicar. Este sentimento surge logo após o nascimento, inicialmente focado no seio materno, que representa a fonte primordial de nutrição e conforto.

Na posição esquizo-paranoide, a inveja leva o bebê a atacar o objeto bom, como o seio materno, transformando-o em um objeto mau. Essa transformação atua como um mecanismo de defesa, permitindo que o bebê projete sentimentos negativos no objeto de desejo para aliviar sua própria angústia e frustração.

Já na posição depressiva, a inveja pode continuar a emergir, mas agora está mesclada com sentimentos de culpa e a necessidade de reparação. A criança percebe que seus ataques invejosos podem danificar o objeto amado, resultando em um desejo de reparação e proteção do objeto bom.

Revisão do Complexo de Édipo

Contrapondo o que Freud sustentava, Klein argumentou, mesmo sob muitas críticas, que os elementos essenciais do Complexo de Édipo e do desenvolvimento do supereu surgem muito mais precocemente do que a teoria freudiana tradicional sugeria.

Ela afirmava que, desde os primeiros estágios de vida, a criança experimenta sentimentos edípicos e começa a desenvolver seu supereu.

Melanie Klein com sua neta Diana por volta de 1945
Melanie Klein com sua neta Diana, por volta de 1945. Fonte: Melanie Klein Trust

Principais obras de Melanie Klein

Melanie Klein produziu diversas obras significativas que são essenciais para a psicanálise, particularmente no domínio da psicanálise infantil. A seguir, estão alguns de seus principais trabalhos:

  • "A Psicanálise de Crianças" (1932)
    Este é um dos textos mais conhecidos de Klein, onde ela detalha suas abordagens e técnicas na psicanálise infantil, incluindo a importância do jogo na terapia com crianças.
  • "O Luto e suas Relações com os Estados Maníaco-Depressivos" (1940)
    Melanie examina que a experiência do luto pode exacerbar ou precipitar estados emocionais extremos.
  • "Inveja e Gratidão" (1957)
    Este trabalho aborda como a inveja pode levar a agressões contra o objeto amado, enquanto a gratidão emerge como resposta à reparação emocional.
  • "Amor, Culpa e Reparação" (1937)
    Klein explora os temas do amor, culpa e processos de reparação, oferecendo uma compreensão do papel da reparação, onde a culpa é enfrentada por tentativas de corrigir os danos causados aos objetos amados.
  • "Notas sobre Alguns Mecanismos Esquizoides" (1946)
    Esse texto oferece uma visão detalhada sobre mecanismos esquizoides, abordando questões relacionadas à identidade e ao funcionamento psíquico.


💡 Curiosidade:

Wilfred Bion, um dos grandes psicanalistas do século XX, foi analisando de Melanie Klein e encontrou em sua obra a base para desenvolver conceitos originais.

Inspirado em ideias como a identificação projetiva e as posições psíquicas, Bion ampliou o campo da psicanálise ao investigar o funcionamento de grupos, a formação do pensamento e a capacidade de simbolização.

Essa herança mostra como o trabalho de Klein reverberou para além da psicanálise infantil, influenciando de forma decisiva a teoria e a prática clínica posteriores.



Cursos para aprofundar o conhecimento sobre a obra de Melanie Klein

Além de se debruçar nas obras da psicanalista austríaca, uma outra forma de se aprofundar na teoria de Melanie Klein e compreender melhor suas contribuições é acompanhar análises e cursos ministrados por especialistas em sua obra.

Por este motivo, sepramos estão 3 cursos essenciais para entender conceitos-chave como a posição esquizo-paranoide, a posição depressiva, as relações objetais primárias e a teoria da inveja e gratidão:

  1. Melanie Klein: Psicanálise, Infância e Formação Humana
  2. Descubra as contribuições de Melanie Klein para a psicanálise e o entendimento do desenvolvimento infantil. Este curso oferece uma visão aprofundada de suas teorias e práticas.

  3. Melanie Klein e a Refundação do Eu: Desenvolvimento Psíquico e a Teoria das Posições
  4. Explore as teorias inovadoras de Melanie Klein sobre o desenvolvimento infantil e a psicanálise. O curso aborda posições esquizo-paranoide e depressiva, relações objetais e a teoria da inveja e gratidão.

  5. Freud, Klein, Winnicott e o Método de Tratamento Psicanalítico
  6. O curso aborda alguns dos pensamentos e ideais de Freud, Klein e Winnicott, sendo oferecido uma análise das suas teorias e contribuições para a psicanálise.



Perguntas Frequentes sobre Melanie Klein

Quem foi Melanie Klein?

Melanie Klein (1882–1960) foi uma psicanalista austríaca que revolucionou a psicanálise infantil ao introduzir a análise do brincar como método de investigação do inconsciente das crianças. Sua obra marcou profundamente o desenvolvimento da teoria das relações objetais e influenciou gerações de psicanalistas.

Quais foram os principais conceitos desenvolvidos por Klein?

Entre os conceitos fundamentais de Melanie Klein estão: análise do brincar, relações objetais primárias, posição esquizo-paranoide, posição depressiva, identificação projetiva e a teoria da inveja e gratidão. Esses conceitos ampliaram a compreensão sobre o desenvolvimento psíquico nos primeiros anos de vida.

Qual foi a principal diferença entre Melanie Klein e Anna Freud?

O principal embate entre Melanie Klein e Anna Freud foi em relação à psicanálise infantil. Anna Freud acreditava que crianças pequenas não poderiam ser analisadas diretamente, defendendo uma abordagem mais pedagógica. Já Klein sustentava que era possível interpretar suas fantasias inconscientes por meio do brincar, colocando a criança como sujeito do processo analítico.

Quais foram as principais obras de Melanie Klein?

Entre suas obras mais influentes estão: A Psicanálise de Crianças (1932), Amor, Culpa e Reparação (1937), O Luto e suas Relações com os Estados Maníaco-Depressivos (1940), Notas sobre Alguns Mecanismos Esquizoides (1946) e Inveja e Gratidão (1957). Esses textos consolidaram sua posição como uma das maiores teóricas da psicanálise.

Qual é a relevância da teoria da inveja e gratidão?

Na obra Inveja e Gratidão (1957), Klein descreveu a inveja como um sentimento primário e inconsciente, voltado inicialmente ao seio materno, enquanto a gratidão surge como possibilidade de reparação do objeto amado. Essa teoria foi fundamental para compreender os vínculos emocionais primitivos e a formação da vida psíquica.

Como aprender sobre Melanie Klein?

Para aprender sobre Melanie Klein, é recomendável ler suas principais obras, como A Psicanálise de Crianças e Inveja e Gratidão. Outra forma de aprofundar o estudo é acompanhar cursos e análises de especialistas em sua obra, como os cursos da Casa do Saber, que ajudam a contextualizar suas teorias no desenvolvimento da psicanálise.


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Referências Bibliográficas

LAPLANCHE, Jean; PONTALIS, Jean-Bertrand. Vocabulário da Psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

KLEIN, Melanie. Autobiografia Comentada (1882-1960). Organizador: Alexandre Socha. São Paulo: Blucher, 2019.

ROUDINESCO, Elisabeth; Plon, Michel. Dicionário de Psicanálise, Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

KAUFMANN, Pierre. Dicionário Enciclopédico de Psicanálise: O Legado de Freud e Lacan, Rio de Janeiro: Zahar, 1996.

Mais informações
Nascimento:
1882 - 1960
Escolas
Escola Britânica de Psicanálise
Abordagem:
Psicanálise Infantil, Teoria das Relações Objetais
Épocas:

Perguntas frequentes

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